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Visita a Taranto/Visit to Taranto - 4º dia/4th day

27 de outubro/October 27th - 4ºdia/4th day


Nesta quinta-feira de sol esplendoroso o grupo foi para alto mar a bordo de um catamarã. Uma experiência única para muitos alunos!

O mar parecia um lago, principalmente no Golfo de Taranto. Quando saímos do golfo para o Mar Jónico como a profundidade aumentou (passámos da plataforma continental para o talude) a água ficou mais agitada e houve uma explosão de vida.

No Golfo de Taranto existem apenas 7 golfinhos-comum (Delphinus delphis), facilmente reconhecíveis pela coloração do seu corpo: a região dorsal é escura e as laterais são de cor creme ou amarela, e constituem um V na metade do corpo, mas como são tão poucos não os conseguimos avistar. Esta espécie, infelizmente, está em risco de

extinção. Já em alto mar onde os nutrientes são abundantes devido às correntes que os removem do fundo e trazem para a superfície, pudemo-nos maravilhar com as acrobacias de 2 dezenas de golfinhos listrados (casais e filhotes recém-nascidos), Stenella coeruleoalba, cetáceos com uma coloração preta ou cinza azulada no dorso, e branca na parte ventral, que atingem um comprimento máximo de 2-2,5 m. Eles

podem viver em grandes grupos, até centenas de indivíduos e são muito acrobáticos, podendo saltar 7 metros acima da superfície do mar, como pudemos constatar. Os golfinhos listrados são comuns na bacia do Mediterrâneo e são os cetáceos mais abundantes no Golfo de Taranto.

Com a explicação do biólogo que nos acompanhou, percebemos que as espécies de cetáceos do Golfo de Taranto, e do Mar Mediterrâneo em geral, estão sujeitas a muitas ameaças devido ao homem e, muitas delas, estão cada vez mais em risco de extinção. As ameaças mais importantes à sua sobrevivência são causadas por poluição química de natureza e sonora diversa (especialmente a prospeção para a busca de

hidrocarbonetos), acidentes com embarcações e equipamentos de pesca, sobre-exploração das reservas pesqueiras e degradação do habitat. Nos últimos anos o impacto da poluição plástica está a tornar-se a mais importante causa de morte dessas espécies. A percentagem das várias espécies visionadas na área de investigação do Ketos, divide-se da seguinte forma: 59% golfinhos listrados, 25% golfinhos roazes, 10% golfinhos de risso, 5% cachalote, 1% golfinho comum.

Foi interessante saber que as riscas dos golfinhos de risso não são mais do que cicatrizes resultantes das lutas entre machos que, à medida que a idade avança, vão ficando assim cada vez mais claros.

Foi um dia espetacular que terminou com a festa-convívio que tanta emoção traz sempre aos alunos!


On this splendorous sunny Thursday, we went out to the sea aboard a catamaran. A unique experience for many of our students.

The sea looked like a lake, mainly in the Gulf of Taranto. When we left from the Gulf to the Ionian Sea it became very deep, the water became more agitated and there was an explosion of life.

In the Gulf of Taranto there are only 7 common dolphins ( Delphinus delphis) easily recognised by the colour of their body: their colour pattern usually involves a dark back and white underbelly, and an hourglass pattern coloured light grey and yellow on each

side of their body.

On the high seas where nutrients are abundant due to the currents that remove them from the bottom and bring them to the surface, we were able to see the acrobacies of almost two dozen striped dolphins ( couples and newborn babies). Striped dolphin (Stenella coeruleoalba) are on the underside white with a long black line running across the eye and along most of the body. Flanks are shades of blue, black and grey, along with white with a distinct jagged pattern present. The dorsal fin is fairly small as are flippers, while rostrum (snout) is relatively long and they can achieve a maximum length of 2-2.5 m. They may live in big groups, up to hundreds of individuals. They are very acrobatic and they can jump 7 meters above the sea surface. Striped dolphins are common in the Mediterranean basin and they are the most abundant cetaceans in the

Gulf of Taranto.

With the explanation of the biologist who accompanied us, we realised that the cetacean species of the Gulf of Taranto, and of the Mediterranean Sea are subject to many threats due to man and many of them are at risk of extinction. The most important threats to its survival are caused by chemical pollution, noise, accidents with vessels and fishing equipment, overexploitation of fish stocks and habitat

degradation.In recent years the impact of plastic pollution, among the causes of death of these species, has become increasingly important. The percentage of sightings of the various species in the Ketos area of investigation is divided as follows: 59% of striped dolphins, 25% bottlenose dolphins, 10% risso’s dolphins, 5% cachalot and 1%

common dolphin. The scratches on their bodies are believed to be a result of rough behaviour including fighting and catching prey. They have been known to breach clear of the water and slap their heads or tails on the surface!

It was an amazing day and it is not over yet. Tonight is the farewell party that always brings so much emotion to the students.










Testemunho de Maria Costa e Mariana Pereira:

Nesta quinta-feira, começamos o nosso dia na escola e de seguida dirigimo-nos para a marina de “Taranto”, onde embarcamos para uma grande aventura de catamaran.

Ao entrarmos no catamaran foi-nos explicado as regras de segurança do barco e os cuidados que devíamos ter ao longo da viagem.

Durante esta aventura vimos vários golfinhos e foi-nos explicado pelo biólogo Stefano que avistar golfinhos com os seus filhos era um fenómeno raro. Para podermos avistar estes golfinhos, tivemos que estar em alto mar, pois no talude continental a água fica mais fria o que significa haver mais oxigénio, mais nutrientes, mais comida para os golfinhos entre outros animais, o que leva a uma explosão biodiversidade. O biólogo explicou que na baía só existia uma espécie de golfinhos, mas quando se vai para alto mar podem-se encontrar golfinhos de 4 espécies, das 12 que existem no Mar Mediterrâneo. No Golfo de Taranto existem cerca de 30 indivíduos da espécie Physeter macrocephalus (mais conhecidos como cachalotes), que são os maiores predadores; estes comem a mesma coisa que qualquer outro golfinho. Delphinus delphis, é chamado de golfinho comum mas este não é assim tão comum como se pensa, antes pelo contrário, só existem 7 golfinhos nesta área, e não se sabe quantos desta espécie existem no mundo.

Os golfinhos que pudemos avistar foram da espécie Stenella coeruleoalba, pois nesta área são os mais numerosos, existem cerca de 170 golfinhos.

Por aqui existirem tantos golfinhos, que são predadores de topo, podemos concluir que este ecossistema é muito bom, está bem regulado, podendo até ser considerado uma maternidade de peixes.

O lema a que Stefano nos fez chegar: “O ambiente é vida e importa protegê-lo porque se não o fizermos não há vida.”

De seguida, almoçamos dentro do barco e divertimo-nos imenso no resto da viagem, com o mar um pouco mais picado.

Às 20:30 tivemos o jantar de fim de Erasmus com os professores.











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Aquamaris - Portugal

Participantes no projeto AQUAMARIS - Acquiring Marine Ecology Insight for Sustainability (Erasmus+ 2020-2023) - de Portugal.

Participants  in the project AQUAMARIS - Acquiring Marine Ecology Insight for Sustainability (Erasmus+ 2020-2023) - from Portugal.

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Com o AQUAMARIS, pretendemos estudar a influência das ações humanas sobre os ecossistemas marinhos e detalhar as consequências nas várias espécies que habitam os nossos oceanos.

With AQUAMARIS, our principal objective is to study the influence our actions have on marine ecosystems and detail the consequences on the various species that inhabitate our oceans.

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