Visita à Letónia - 2º dia/Visit to Latvia - 2nd day
27 de setembro/September 27th - 2º dia/2nd day
Liepāja - a cidade onde o vento nasce.
Numa manhã de primavera, algo inesperado para os letões, tivemos a oportunidade de visitar um território militar, na época território soviético, que servia os russos como forma de proteção e monitorização de ataques. Encontrámos vários fortes, meteorizados unicamente pelas águas do Báltico, que serviram militares e civis como por exemplo torres de água, edifícios dedicados à religião, e muitos outros que garantiam a sobrevivência ao longo da costa. A guia afirmou que todos os sábados é recolhido lixo de forma a manter esta área como poderia estar originalmente.
Estas construções surpreenderam alguns dos alunos letões visto que, todos estes edifícios estão construídos por cima de um relevo no subsolo. Na época os soviéticos obtiveram fundos devido a pedidos feitos à Alemanha, à Suécia e à Dinamarca. A forma como os soviéticos superaram estas irregularidades no solo, foi feita de forma que se pudessem instalar lá o mais rápido possível de forma a proteger a maioria do seu território. Para que pudessem aproveitar o maior espaço possível, e de forma que, simultaneamente, se pudessem esconder, construíram túneis e bunkers no sub solo. Os alunos tiveram oportunidade de sentir a adrenalina de estar no sub solo, de ver todas as salas, tudo isto feito sob controlo da guia, que afirma ter 27 anos na região e conhecer todos os locais seguros para serem visitados.
Foi reforçado o facto de toda a vegetação, presente na costa, defender todo o território interior por não permitir a erosão dos solos.
A guia refletiu, através do inglês, e traduzindo: "estou muito feliz de vos ter cá, isto porque estas são as águas em que nado, as águas que conheço há vários anos, e agora apresento-vos estas águas do mar Báltico."
Uma experiência muito interessante que nos fez sorrir, de surpresa e de curiosidade pelas histórias que estas paredes vivenciaram.
Texto de João Pedro Ramos Ribeiro
Liepāja - the city where the wind is born.
On a Spring morning, something unexpected for the Latvians, we had the opportunity to visit a military territory, at the time Soviet territory which served the Russians as a form of protection and monitoring the attacks. We visited several forts, weathered only by the waters of the Baltic, which served both military and civilian use, such as water towers, buildings dedicated to religion, and many others that ensured survival along the coast. The guide stated that garbage is collected every Saturday to keep this area as it could have been originally.
These constructions surprised some of the Latvian students as all these buildings are built on top of a subsoil relief. At the time, the Soviets obtained funds due to requests made to Germany, Sweden, and Denmark. The way the Soviets overcame these irregularities in the ground was made in such a way they could settle there as quickly as possible to protect most of their territory. They could take advantage of the space and at the same time they could hide they built tunnels and bunkers underground. The students had the opportunity to feel the adrenaline of being underground, to see all the rooms, all of this done under the supervision of the guide, who claims to have 27 years of experience in the region and knows all the safe places to visit.
It was reinforced the fact that all the vegetation, present on the coast, defends the entire interior territory by not allowing soil erosion.
The guide reflected, through English, and translating: "I am very happy to have you here, because these are the waters in which I swim, the waters that I have known for several years, and now I present to you these waters of the Baltic Sea."
A very interesting experience that made us smile, with surprise and curiosity for the stories that these walls experienced.
Text by João Pedro Ramos Ribeiro
A seguir fomos a uma Nature House, superinteressante, construída sobre o que há muitos anos chamavam "ilha do cavalo" porque o lago e o mar Báltico estão ligados por um canal de água salgada que, quando invadia a terra, enriquecia o solo em nutrientes importante para pasto dos cavalos. Posteriormente chamou-se "ilha da lixeira" e é sobre esta lixeira que a casa foi construída. Muita biologia aprendemos neste local. Fantástico!
Texto de Duarte Santos
Then we went to a very interesting Nature House, built on what many years ago they called "Horse Island" because the lake and the Baltic Sea are connected by a saltwater channel that, when it invaded the land, brought nutrients that served as pasture for the horses. Later it was called "Island of the garbage" and it is on this garbage that the house was built. A lot of biology learned at this location. Fantastic!
Text by Duarte Santos
À tarde visitámos Ziemupe, uma zona costeira com mais de 600 anos, perto de Liepāja. Alguns anos atrás, a principal atividade económica era a pesca, mas atualmente é o turismo.
Visitámos um museu com artigos encontrados no mar, como uma mensagem numa garrafa, relativa a um aniversário de 30 anos de casamento, fósseis de animais marinhos (belemnites, rudistas, etc) e instrumentos de pesca. Havia também o modelo de uma casa antiga da região.
No bosque em redor pudemos estudar a anatomia dos cogumelos, rãs e muitos outros seres vivos.
Tivemos ainda oportunidade de passear pela bela praia da região, muito semelhante às portuguesas no que respeita à areia, mas com o mar muito calmo.
Para finalizar subimos o farol de Akmeņraga com 196 degraus e desfrutámos da bela paisagem. Um belo treino físico!
Texto de Sofia Almeida
In the afternoon we visited Ziemupe, a coastal area that is over 600 years old, near Liepāja. A few years ago, the main economic activity was fishing, but nowadays it is tourism.
We visited a museum with items found in the sea, such as a message in a bottle, relating to a 30th wedding anniversary, fossils of marine animals (belemnites, rudists, etc) and fishing tools. There was also a model of an old house in the region.
In the surrounding forest we were able to study the anatomy of mushrooms, frogs, and many other living beings.
We also had the opportunity to stroll along the beautiful beach in the region, very similar to the Portuguese ones in terms of sand, but with a very calm sea.
Finally, we climbed the Akmeņraga lighthouse with 196 steps and enjoyed the beautiful landscape. A nice physical workout! 😊
Text by Sofia Almeida
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